sábado, novembro 6

O ponteiro acelera e para.

Eu não sei bem ao certo o que tinha acontecido na noite anterior, o que eu sei é que de alguma forma havia uma movimentação intensa e frenética de sombras de pessoas na minha cabeça, pude ouvir uma balburdia antes que eu percebesse que aquilo não pararia até que eu decidisse ficar reclusa dentro de mim. Mas e se minha reclusão pudesse causar minha insanidade? Aconteceu então um desejo intenso de possuir alguém, mas não era desejo carnal, nem emocional, era um desejo de ter alguém em minha solidão. Uma pessoa que fosse solitária assim como eu, que pudesse partilhar das mesmas dores... Mas não era a necessidade dessa pessoa que tomava conta do meu ser, era a necessidade dita na minha fragilidade de poder me encontrar dentro de um ser que se transformasse e mim mesma. Um eu melhor, porque eu era apenas um lixo entupindo meu próprio cérebro, eu era a massa podre em forma de lama entre meu cerebelo e o córtex frontal, em algum lugar entre a esquizofrênia e o suicídio. Então eu tinha a necessidade das horas, dos minutos, dos segundos... de algum tempo que pudesse transformar o meu tempo em paralisia. Quando eu estiver morrendo quero que minha loucura possa ser a sua insanidade, porque em cada pedaço de mim existe um pedaço de você.

4 comentários:

Aline disse...

... oh, ela está de volta! E, desta vez, mais insana que nunca!!! rsrs Mandei e-mail agora em resposta ao seu comentário. Bom sábado! bjo

Tamara disse...

hahahahaha!

Lud disse...

É um emaranhado chamado vida.
Saudade Val. Bom saber que ainda está aqui. =)

Luis Gustavo Brito Dias disse...

- obrigado pela visita, tamara.
fico lisonjeado também com a comparação.

ps: a loucura sempre é um desfecho intenso para qualquer um de nós. ser louco nos consome muito. muito mesmo.