segunda-feira, julho 23

Você já escutou uma voz que sai de dentro e fala ao pé do seu próprio ouvido?

Coisas.

Estive pensando em coisas. Essas coisas que de repente aparecem e somem. Pensei no que sumiu e no que apareceu. Volta e meia eu ando por aí, meio perdida de mim mesma. Me encontro na meia volta que dou, bem ali parada naquela esquina, sem saber ao certo se vou para a direita ou para a esquerda, não importa, nunca importou, no fim eu chego no começo e vou para a frente. Não gosto de voltar atrás, mas as vezes voltar atrás significa virar para a direita. Ou para a esquerda. Não importa. Ando sem destino, no começo eu pensava que andar significava encontrar alguma coisa. Nem sempre encontro. Não encontrar significa achar alguma coisa? Estive pensando também, nessas voltas. Paro e penso, não sei ao certo quanto tempo paro nem quanto tempo penso, sei que, volta e meia eu paro, volta e meia eu ando e fico assim, dando voltas em torno de mim mesma, sem querer voltar ou ir. Sem querer parar. Agora eu me encontro num lugar onde eu não imaginava estar, cheguei aqui sem saber aonde eu estava indo. Isso pode significar algo, digo, isso pode significar alguma coisa? Essas coisas podem significar algo? Esse algo pode significar alguma coisa? Não sei ao certo, o certo é que sei o que acontece, parece que nunca acontece nada, parece que nada de vez em quando vira um todo. Está me ouvindo? Me vejo sentada ali e aqui, me vejo lá e não sei ao certo aonde estou. De vez em quando, essas coisas, me dão um calafrio, alguma coisa me dá um calafrio, que coisa é essa? É calafrio? Não sei bem ao certo. Agora eu sei, ainda tenho que caminhar, ficar parada não resolve nada, daqui pra frente eu chego lá e bem ali eu sento. Vou saber que caminhar nem sempre me leva a algum lugar, nem sempre caminhar quer dizer que eu vá sair de algum lugar. Queria mesmo, era sair do chão.

quinta-feira, julho 19

O que você faz quando está envolto de muita felicidade?

Eu me escondo!

sexta-feira, julho 13

In the sky.

domingo, julho 8

Doce.

Digamos que esse foi o melhor final de semana do ano, com a melhor família e com a mais nova família. Digamos também que acabou, me agarro, agora, a uma doce lembrança e uma grande certeza, retorno.

Amei!

Correnteza de Tom Jobim.


A correnteza do rio vai levando aquela flor
O meu bem já está dormindo
zombando do meu amor
zombando do meu amor

Na barranceira do rio o ingá se debruçou
E a fruta que era madura
a correnteza levou
a correnteza levou
a correnteza levou, ah

E choveu uma semana e eu não vi o meu amor
O barro ficou marcado aonde a boiada passou
Depois da chuva passada céu azul se apresentou
Lá na beira da estrada vem vindo o meu amor
vem vindo o meu amor
vem vindo o meu amor

Ôu dandá, ôu dandá, ôu dandá, ôu dandá

E choveu uma semana e eu não vi o meu amor
O barro ficou marcado aonde a boiada passou

A correnteza do rio vai levando aquela flor
E eu adormeci sorrindo
Sonhando com nosso amor
Sonhando com nosso amor
Sonhando...

Ôu dandá...

quarta-feira, julho 4

Descontentamento

Pensa que tem algum propósito?
Está jogado na imundície de consciência
Achando que sabe, é demência
Sua mente suja e perversa!

Pouco que viu não é nada parecido
Com a dor que eu poderia ter-lhe oferecido
Poderia pedir clemência por horas
Chamar-te-ia ao ouvido, Querido!

Terás um contante sabor amargo
Na boca um gosto de fracasso e podridão
Tu és um porco safado, uma bichona velha.
Ponha-se no seu lugar.